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O POÇO é um filme produzido e lançado pela Netflix, em 2020. 
Trata-se de uma prisão. Há duas pessoas aprisionadas por andar. Os andares são numerados, desde o 0 (primeiro) até o 333 (último). Uma vez por dia, uma plataforma repleta de alimentos desce do primeiro ao último andar; no entanto, durante os dois minutos em que pára em cada andar, os presos comem enlouquecidamente, deixando pouco ou nada para os detentos que estão abaixo.


ALEGORIAS
O filme funciona de duas formas:

  1. Na primeira, é uma alegoria ao capitalismo. Os primeiros andares representam os ricos, que pouco se importam com os pobres e consomem o máximo que podem; os andares baixos representam os pobres, que morrem de fome e lutam pela sobrevivência. 
  2. Na segunda, é uma alegoria religiosa. O prédio possui 333 andares e 666 presos. Além disso, o personagem protagonista é visto como "Messias" (pois vai revolucionar o local e, não à toa, carrega consigo um livro do Dom Quixote), a administração produz as comidas com extrema perfeição (como sendo uma representação de Deus) e a garota, símbolo da pureza, surge como uma "mensagem divina".

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O VERDADEIRO FINAL
Aos 36 minutos, percebe-se que o chefe da cozinha enlouquece, pois há um fio de cabelo numa de suas comidas, que, coincidentemente, é a que os protagonistas queriam enviar como mensagem. 
No final da narrativa, eles entregam este mesmo bolo à menina, mas ela sequer existia e, portanto, não o comeu. Os rapazes que estavam lutando pela sobrevivência, na verdade, morreram durante a luta de espadas. 
Assim como os outros companheiros de cela que já haviam morrido e reapareciam em sua consciência, a menina também foi uma ilusão.
O que chegou até o andar 0 foi o bolo. Ele chegou com um fio de cabelo. Dessa forma, o chefe da cozinha atribuiu, à sua volta, o fato de haver um cabelo. Portanto, a mensagem chegou, mas não foi compreendida, e tudo continuou igual. 

Entenda o final do filme "O Poço", da Netflix

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